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Fonte: Courtesy of private collection USA/BBC |
Muitas doenças misteriosas ocorreram durante
a Primeira Guerra Mundial, tornando-se objeto de estudos no campo da
psicanálise.
Entre os soldados alemães e austríacos que
haviam sido convocados compulsoriamente pelos governos de seus países, e que consciente
ou inconscientemente repudiavam a guerra, no momento em que se viram diante do
fogo no campo do combate, repentinamente uns ficaram cegos, outros surdos e
outros com os membros paralisados. Assim, muitos apresentaram sintomas de
doenças neurológicas.
Não eram, absolutamente, doenças simuladas; e
apareciam sem que o portador tivesse conhecimento exato da causa em seu
consciente. Foi um artifício do subconsciente que sabia que um soldado poderia
ser dispensado de participar do combate, se fosse portador desses males.
O tratamento mais eficaz foi intimidá-los com
um fuzil, ameaçando-os de morte. O subconsciente desses soldados curou-os da
doença, porque deduziu que seria mais seguro ir para o campo de batalha do que
ser condenado à morte por fuzilamento. Mas, quando forçados a lutar, os
sintomas neurológicos – que haviam desaparecido com o tratamento de fuzilamento
simulado – voltaram com gravidade ainda maior. Alguns definhavam sem ao menos
conseguirem alimentar-se, outros deliravam e outros entraram em coma, como se
estivessem realmente mortos. Já não eram simples pacientes histéricos.
Segundo a medicina, estavam em estado muito
avançado de demência precoce e ainda não existia cura para esse mal. E de nada
adiantaria ameaçar uma pessoa em estado de coma, apontando-lhe o cano de um
fuzil.
O subconsciente arquiteta planos tão eficazes
que, dessa forma, conseguiu finalmente satisfazer o propósito de não ir para o
campo de batalha. Entretanto, com o término da guerra, quando não tinham mais
necessidade de continuar doentes, os portadores desse tipo de doença se curaram
totalmente.
Analisamos fatos relacionados com a doença no
caso acima, mas as demais infelicidades da vida também surgem de relações
semelhantes que servem como uma espécie de autodefesa.
Fonte: Livro de Masaharu Taniguchi, A verdade da Vida, vol.1.
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