Já se perguntou
por que faria EFT com um terapeuta se a técnica lhe permite autoaplicação?
Este artigo foi
baseado em um texto de Emma Roberts postado no site do Gary Craig.
Qual é a
necessidade de um profissional? Por que gastar o dinheiro?
Principalmente, o
papel de um terapeuta é ser um facilitador para o trabalho de cura, é dar
segurança ao trabalho.
EFT é, realmente,
uma poderosa ferramenta de autoajuda incrível e eficaz e é possível obter
mudanças extraordinárias, mesmo com o conhecimento mais básico e com pouca ou
nenhuma compreensão da ‘ciência’ existente por trás dela.
No entanto, há
momentos em que a EFT parece não funcionar, você só chega a determinado ponto e
não evolui. Este é o momento onde o praticante vem, quando está preso a uma determinada
situação.
É da natureza
humana não 'ir até lá' se é considerado muito desconfortável, isso ocorre de
forma consciente ou até mesmo inconsciente.
Estamos acostumados
a reprimir nossos pensamentos e emoções negativas. Ora, a resposta mais
habitual para a pergunta "Como você está? Não é, 'estou bem’? Quantas
vezes isso é verdade?
Empurrar o
negativo para longe não funciona a longo prazo, é uma medida temporária, uma
abordagem estilo ‘band-aid’. Em algum momento, a mente inconsciente vai
chamar nossa atenção para isso de alguma outra maneira, seja através de dores
físicas e/ou emocionais como depressão, ansiedade ou outras questões.
Com a EFT nós
temos maneiras de resolver com cuidado, mudando os sintomas gerais, de forma
sistemática e relativamente indolor. E, muitas vezes, podemos fazer isso
por nós mesmos. Porém, em algum momento, as defesas inconscientes podem vazar -
algo acontece e nós somos forçados a confrontar a nossa realidade. Este é
o lugar onde o terapeuta entra - para criar uma estratégia para o cliente, um
caminho para ele seguir, para clarificar e simplificar o seu trabalho e para
apoiar e orientá-lo, se necessário.
Vejo o papel do
terapeuta como capaz de manter um espaço seguro para o cliente explorar áreas
que sua mente inconsciente pode não lhes permitir acessar por conta própria.
Na minha
prática, eu vejo diversos clientes com histórias de abuso sexual grave. Muitas
vezes, eles podem ter enterrado essas lembranças por anos. Eles sabem que aconteceu,
mas a história está fora de seu campo de pensamento atual. Então, algo acontece
e desencadeia a memória, obrigando-os a reconhecê-la. Esse ‘algo’ que
acontece pode, muitas vezes, ser imperceptível, talvez, um olhar no rosto de
alguém, um tom de voz, um sentimento. Neste caso, fazer EFT por conta
própria é, na minha opinião, pelo menos desaconselhável, e em alguns casos,
possivelmente perigoso.
O nosso papel é,
também, manter o cliente focado, ser uma espécie de guia, apoiando, mas
deixando livre para ele se mover em seu caminho.
EFT parece ser
uma via rápida de mudanças e insights cognitivos, o que dificulta nosso
reconhecimento dessas alterações. Muitas vezes não notamos e amigos e
familiares é que percebem as mudanças. O profissional pode ajudá-lo a
reconhecer essas alterações.
Experimente!
Nenhum comentário :
Postar um comentário