“O que existe além do que já foi dito sobre o amor?
Toda minha vida pautada em amores que tive ou gostaria de
ter. Falando sobre os que tive, também não tenho muito a dizer.
Amei e fui muito bem-amada. Mas foi um amor, um único amor
que veio, cruzou minha vida, tocou a minha alma e ficou marcado em minha pele.
Todos nós carregamos conosco
uma história. Aquela que só nos atrevemos a lembrar quando, durante a
noite no escuro, encostamos nossas cabeças no travesseiro e o silêncio cala
fundo. Não importam os anos, certas coisas simplesmente permanecem.
Mas então, numa quinta-feira
a tarde de um ano qualquer, tropeçamos nesse amor já supostamente esquecido.
Percebemos que amor igual não há e aquela pessoa continua e continuará a ser
nossa referência afetiva mais sincera e profunda.
Não é doença nem obsessão. Aliás
não é nada, só amor. Amor dos bons, daqueles que são únicos e maravilhosos, que
acontecem poucas vezes na vida das pessoas. Daqueles amores que ficam e que
teremos que conviver com ele como algo concreto e parte de nossas vidas.
Que alma consegue atravessar
a vida sem ter conhecido o amor? E quem sabe ter a sorte de ser correspondido?
Que vida vale a pena sem
amor?
Nenhum sentimento é mais
lindo, profundo e transformador que o amor. Só o amor transcende e purifica,
enlouquece, cura, invade, permanece, liberta e aprisiona. Quando acontece é um
som grave que penetra invade e permanece.
Não compliquem e nem
elaborem o sentimento mais incrível e poderoso de todos. Permitam que ele
chegue e se instale.
Pois o resto são bobagens,
meninos. Bobagens”.
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